quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Nos vemos em 2010!

"E viva São João!"
(Carlos Takeshi ao dublar Jackie Chan em "Um Kickboxer Muito Louco" (Armour of God II: Operation Condor), versão original exibida no SBT e Band)

Quer dizer, HAPPY NEW YEAR!!!

E como dizem: 2009, passa a régua e fecha a conta.

Um Próspero 2010 Para Todos Nós

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

FIST OF FURY em HD 720p

Alguns dos melhores momentos de "A Fúria do Dragão" em alta definição.

 
 Paciência tem limite. Eles pediram isso...

isto é o que eu chamo de golpe de misericórdia.

Bruce Lee usava magia também (esq.), mas preferia o método tradicional para eliminar seus adversários. Petrov (Robert Baker) toma uma na garganta (dir.)

katana vs nunchaku. Chen Zhen (Lee) arremessa o chefão Suzuki (Riki Hashimoto) com uma voadora inesquecível.

Não, não me esqueci das cenas românticas, bom esta é a única. Bruce Lee e Nora Miao



post inspirado em "Lutas Memoráveis" do Asian Fury de Takeo Maruyama

The Good, The Bad, The Weird



Finalmente pude conferir o DVD de "Os Invencíveis", embora o título nacional não seja tão criativo, gostei de ver um filmão desses ser lançado tão rápido no mercado brasileiro (abril/2009 pela Califórnia Filmes). Só reclamo pela falta de extras no DVD, algo típico das nossas distribuidoras. Mesmo assim valeu o aluguel.




Segundo o squidoo.com é o filme coreano mais caro até aquela data (2008). Mas comparado às superproduções hollywoodianas, 17 milhões de dólares é pouco. Mais um exemplo de bom (quer dizer, excelente) e barato filme de ação e aventura com um tremendo impacto visual. Rodado no deserto de Gobi, este western transporta o gênero yankee para as terras orientais, embora menos original que "Sukiyaki Western Django" de Miike, este "The Good, The Bad, The Weird" de Kim Jee-Woon diverte muito mais.

O filme de Kim Jee-Woon pode não agradar a todos, alguns fãs de Sérgio Leone não curtiram muito, outros já gostaram, mas "Os Invencíveis" é acima de tudo uma grande homenagem aos Western Spaghetti de bom gosto.


Leia as críticas e resenhas de "Os Invencíveis" (The Good, The Bad, The Weird) ou "O bom, o mau e o bizarro" (título  que recebeu no Festival do Rio 2008) no:

Cinemacafri
Cinematório
Cinefilia
Omelete

Sigam-me os bons

Estreei no meme, serviço do Yahoo! que veio para brigar com o Twitter. E lá a minha intenção continua a ser a mesma: postar o que curto do entretenimento asiático e ajudar de alguma forma a difundí-la. É mais fácil de atualizar que o blog e para mim serve como um lembrete de links muito útil.






Os colegas que desejarem me seguir, fiquem à vontade. Eu os seguirei também.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

Openings Inesquecíveis: Uchuu Keiji Gyaban



A música tema cantada por Akira Kushida, famoso cantor de "tokusongs"

O herói "Gyaban"era estrelado por Kenji Ohba, conhecido não só no meio tokusatsu. É um veterano ator e dublê da Japan Action Club. Estrelou uma pancada de seriados da Toei e sua cara é fácil de ser vista em filmes do Sonny Chiba. Ele inclusive, foi o assistente de Hattori Hanzo em Kill Bill volume 1.

O seriado foi exibido no Brasil pela Globo, eu não curtia muito (preferia o Jaspion), mas achei legal relembrar graças a esse video de pp45t.
Leia mais sobre Gyaban no Jbox

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cinema japonês: Otoko wa tsurai yo (1969-1995)



Ao falarmos de cinema japonês, pelo menos 48 filmes não podem ser esquecidos. Este é o número que a  série cinematográfica "Otoko wa tsurai yo" alcançou, sem contar a versão televisiva anterior. Produzidos ininterruptamente de 1969 a 1995, contou com o roteiro, produção e direção de um dos mais conceituados cineastas: Yoji Yamada, ele só não dirigiu os episódios 3 e 4. Quase todo o elenco principal foi mantido até o fim, o sobrinho de Tora-san, interpretado por Yoshioka Hidetaka, por exemplo, desempenhou esse papel desde recém-nascido (tá, é um exagero, ele já devia ter alguns meses de vida quando começou).


"Shochiku Apresenta"

Kiyoshi Atsumi é Torajiro Kuruma "Torá-san", protagonista e o grande responsável pela popularidade dessa obra. Até um busto foi erguido em sua homenagem no tradicional bairro Katsushika em Tóquio, onde foram feitas as locações nos 26 anos de filmagens. Este bairro é a terra natal do personagem, ele sempre o menciona no prólogo de cada episódio.


Tora-san na estação de Shibamata, Katsushika, Tóquio
Tora-san, nasce como filho do dono da doceria Tora-ya e da gueixa Okiku e é criado pela família de seu pai. Como é de se esperar, ele não se dá bem nem com o pai nem com a madrasta. Acaba abandonando o lar com apenas 16 anos, ao ser insultado pelo próprio pai, numa briga interminável, na qual lhe diz: “Você não passa de um filho que veio ao mundo por um grande engano, numa hora de bebedeira. Por isso é feio e com alguns parafusos a menos na cabeça”. Tora-san fica, então, perambulando pelo mundo afora durante 20 anos, mas acaba voltando ao seu antigo lar, movido por uma intensa saudade.

Depois de 20 anos, a doceria Tora-ya é tocada por seus tios, que o recebem com grande carinho. Ele ainda fica emocionado com a pureza e beleza da sua meia-irmã Sakura (Chieko Baisho), casada com o operário Hiroshi. Depois disso, passa a voltar ao Tora-ya de tempos em tempos, toda vez que leva o “fora” de alguma garota muito bonita por quem fica perdidamente apaixonado.

Quando volta ao Tora-ya, ele fica descansando na casa do tio sem fazer nada e tratando até com certo desprezo as pessoas a sua volta, que trabalham com afinco. Às vezes, tenta levar uma vida mais “séria”, porém não consegue.

Esse seu jeito de camelô sem eira nem beira, despreocupado, cômico, mas muito humano, tem despertado, no grande público que assiste a esse filme, uma sensação nostálgica de querer vivenciar, por meio do personagem, um mundo que não seja tão materialista, cheio de repressões e cobranças.
texto de Akiko Kurihara, Hiroko Nishizawa e Kurenai Nagahama in Nippo Brasil - "Caderno Zashi" - Personalidades do Japão: Kiyoshi Atsumi - clique aqui e leia a matéria na íntegra!

Vale destacar que não se trata de uma comédia nonsense e seu conteúdo é realmente bem caprichado e artístico, aí está a grande sacada de Yamada e outros roteiristas, que souberam fazer algo bem popular, mas que agradou também aos críticos mais chatos. O clima geral é de humor, mas há momentos mais dramáticos e românticos muito bem posicionados. Em cada capítulo há uma história diferente, com a presença de nomes consagrados do cinema nipônico ou a introdução de um ator/atriz como semi-protagonistas.


Tora-san (Kiyoshi Atsumi) e Sakura (Chieko Baisho)

O grande defeito de Otoko wa Tsurai yo é que ele não é bem do tipo "para exportação", pois uma de suas grandes virtudes são as piadas e frases de efeito que Tora profere o tempo todo, que traduzidas em outros idiomas, nem sempre causam o mesmo efeito que na língua japonesa.


Atsumi atuando ao lado de Sachiko Mitsumoto, Shin Morikawa e Chieko Misaki no primeiro filme (1969)

Eu só conhecia 5 desses filmes (antes de conhecer o nome do diretor Yamada), mas recentemente graças ao Avistaz, pude baixar mais 4, por enquanto. E em breve o Asian Spaces do colega Takezo, estará disponibilizando com legendas em português. Na certa devem ser DVD rips do Box Especial lançado ano passado no Japão em homenagem aos 40 anos de Tora-san, contando-se desde o início da saga na TV (1968).

A atriz e cantora Chieko Baisho é a coadjuvante de grande importância em todos os filmes de Tora-san, ela é a generosa Sakura, que sempre está preocupada com o irmão sem juízo.


Para quem não se lembra, ela dublou Sofi de "O Castelo Animado" (Hauru no ugoku shiro) de Hayao Miyazaki e fez uma ponta em "The Hidden Blade" (Kakushi ken oni no tsume) de Yoji Yamada. Mas o meu filme predileto desta talentosa e veterana atriz é "A Distant cry from Spring" (Haruka naru yama no yobigoe, 1980) outro trabalho de Yamada, no qual co-estrela Ken Takakura (de Um longo Caminho, Zhang Yimou). E mais outra de Yamada com os mesmos Ken Takakura e Chieko Baisho: "Shiawase no Ki iroi Hankachi" de 1977 também é muito bom, em breve pretendo falar desses dois filmes.


O diretor Yoji Yamada e Chieko Baisho em 2008 (foto: Ginza Keizai Shimbun)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

The Last Princess (2008)


A princesa Yuki do clã Akizuki e seu fiel samurai, General Rokurota Makabe, tem a difícil missão de alcançar a região segura de seus aliados, os Hayakawa, mas todas as fronteiras estão cercadas pelos terríveis Yamana, que outrora quase dizimou o clã Akizuki e atualmente reprime a população camponesa, fazendo miséria por onde passam.

Yuki e Rokurota ainda estão levando consigo uma carga de ouro, escondida sobre gravetos e estão disfarçados de humildes lenhadores, este ouro será utilizado para reerguerem o clã Akizuki. Eles ficam alojados durante muito tempo no alto das montanhas, a "fortaleza escondida", esperando o momento certo para partirem. São vistos por dois homens que fugiram das garras dos Yamana, eles são Takezo e Shinpachi, que gananciosos pelo ouro, resolvem ajudar Yuki e Rokurota, sem saber que eles são os salvadores da pátria.


Este filme lançado ano passado nos cinemas japoneses pode não ser tão especial quanto o clássico que o inspirou, mas ao menos diverte dentro de sua proposta. Porém, cinéfilos mais exigentes não vão engolir a quantidade de chavões que a obra carrega. Só por causa de algumas frases do tipo "deixo a princesa em suas mãos" ou falas de vilões: "una-se a mim e juntos dominaremos o Japão" ou aquelas situações em que o sujeito coitado da história (o herói) se apaixona pela princesa e ela por ele, vão incomodar quem está de saco cheio dessas histórias. Ainda mais quando você fica sabendo que o clássico "Kakushi Toride no san akunin" de 1958, dirigido pelo lendário Akira Kurosawa não tem nada disso.



Mas não adianta ficar só metendo pau neste esforçado longa do diretor Shinji Higuchi, que tem experiência em coordenação de efeitos especiais (Gamera, Evangelion, etc). "Kakushi toride no san akunin - The Last Princess" é bem dinâmico e divertido, com fotografia e figurino bem caprichado, apesar do apelo teen/pop. No elenco: Jun Matsumoto (do Arashi), mesmo aparecendo todo esfarrapado, não há como esconder o jeito de playboyzinho, mas seu personagem (Takezo) é o protagonista, seu interese romântico é a princesa Yuki ou Yuki hime (na pele da gatinha Masami Nagasawa). O samurai Rokurota Makabe ficou por conta de Hiroshi Abe, que o fez bem convincente, ficou até parecido com o Rambo, mas ainda prefiro Toshiro Mifune (1920-1997) para esse papel.

As cenas de ação são bem executadas e os momentos em que Rokurota (Hiroshi Abe) retalha seus oponentes são sangrentas e excitantes. E os momentos de humor também não são dos piores. É, eu recomendo.

site oficial do filme: http://www.kakushi-toride.jp/

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Week!

Quero postar tanta coisa que andei vendo, mas foram semanas difíceis. Portanto fiquem com este show de Do As Infinity cantando Week! postado por unowhere no Youtube. Tomiko Van, Ryo Owatari e cia arrebentando como sempre:


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

PLASTIC CITY, sim eu vi

O longa de Yu Lik Wai, numa co-produção Brasil/China/Japão está na 33ª Mostra de Cinema de São Paulo segundo o Made in Japan (dica do Moshi Moshi). Não escondo que fiquei meio decepcionado com o que eu vi, pois descobri que sou mesmo conservador e não estou acostumado a ver trabalhos tão surreais no cinema. E Plastic City é mais um produto que foge de convencionalismos. Recebeu vaias no Festival de Veneza em 2008, mas isto não pode ser tomado como humilhação, pois os artistas da Semana de Arte Moderna de 1922 tiveram a mesma recepção do público.

E o filme é bem brasileiro, contando com a maioria dos nossos no elenco e todas as cenas foram rodadas em São Paulo, Santos e outras cidades do interior paulista, o português também predomina na maior parte da trama, ficou fácil para os legenders. O cenário é violento e sujo, os diálogos contém muitos palavrões (o Bakemon já havia alertado), mas isso não me incomodou em nada. O que eu não curti foi o desfecho da história, um tanto subjetivo.
Tainá Müller em Veneza: a simpatia e beleza da atriz brasileira que já trabalhou e morou na China. Em plastic city ela vive a prostituta Rita que faz de tudo para voltar a viver com o seu filho. Ela é amante de Kirin (Odagiri)

Joe Odagiri (Shinobi/Kamen Rider Kuuga/Chi to Hone) não fez lá uma grande atuação como protagonista, mas achei que ficou melhor que o esperado. Ele foi dublado, já que trata-se de um personagem brasileiro, descendente de orientais criado por um mafioso chinês (o famoso Anthony Wong). Dá pra notar a certa falta de entrosamento dos atores como muitos críticos já haviam comentado. Milhem Cortaz, Antônio Petrin e Alexandre Borges  estão no elenco, além de outros artistas que já vimos nas novelas da Globo, SBT e Record.

Na premiere de Plastic City no Japão. Joe Odagiri conta que jogou futebol no Brasil, mas parece não ter se dado muito bem com a bola.

Enfim, PLASTIC CITY é filme que poucos vão gostar, porque foi feito para poucos mesmo. Espero ver mais co-produções Brasil-China, mas da próxima vez com enquadramentos mais comuns, que agradem o povão.


site oficial no Brasil: http://www.plasticcity.com.br/
distribuído pelo Grupo Paris Filmes, procure nas locadoras, você pode gostar.

última atualização do post: 08/05/2010