segunda-feira, 1 de março de 2010

Trocando umas ideias I: Eu leio muitos mangás?


Não. Até hoje li muito pouco o que é chamado de mangá, palavra utilizada no Japão para definir tudo o que é para nós brasileiros "história em quadrinhos (hq)", "gibi" ou "banda desenhada" lá em Portugal (descobri isso faz pouco tempo). O fato é que na minha casa eu tenho mais "mangás não-japoneses" como Chico Bento, Turma da Mônica e Zé Carioca. Tem também algumas dos Tio Patinhas e Pato Donald.

E o que sempre achei curioso, essa palavra chamada mangá. Um substantivo genérico no Japão, virou algo especial aqui no ocidente. Não vou prolongar no assunto, pois acredito que a maioria dos visitantes deste humilde blog, sabem muito mais dessa história.

Mas uma coisa que ainda me irrita é ouvir de alguns sujeitos que em todos os mangás ou animes, os personagens devem ter olhos grandes e mais todo aquele bla bla bla sem sentido. Muitas pessoas ainda só enxergam a parte estética dos desenhos. Basta ler alguns mangás que você percebe que não é nada disso.

minha coleção de Slam Dunk, sorte que a Conrad não cancelou

uma das página de Slam Dunk (Editora Conrad)

Uma outra coisa que os leigos dizem: "todo mangá é lido de trás para frente". E se a JBC resolver publicar Ranma 1/2 no formato ocidental de leitura, ele deixará de ser mangá então? Basta usar o bom senso. Aliás, a editora Animangá já havia feito isso, claro que a versão deles foi inferior ao da JBC.

E falando em mangá lançado por aqui... só consegui completar a coleção de Slam Dunk de Takehiko Inoue (Editora Conrad), já outros títulos como Bleach, Inuyasha, Yu Yu Hakusho, Dragon Ball e One Piece tenho alguns exemplares, mas nunca consegui continuar adquirindo todas as edições.

Com relação ao Bleach (Panini), não achei graça, deve ser porque estou ficando um velho chato a cada dia e do Naruto nunca cheguei perto, não sei porque tanto oba oba em cima desse tempero de lámen. One Piece (Conrad) gostei do jeitão exagerado dos desenhos, achei muito original até, mas naquela época a grana andava curta e eu descontinuei a compra. Quando eu era adolescente, curtia demais Yu Yu Hakusho (JBC) e DBZ (ainda curto esses animes), então pra matar a curiosidade comprei algumas edições e não escondo que fiquei um pouco decepcionado com a arte e a narrativa de Yoshihiro Togashi (Yu Yu).

minha coleção incompleta de Shin-chan (Panini Comics)

E com relação às "scans", só li duas obras até o final: "20th Century Boys" e "Pluto", ambas obras de Naoki Urasawa, que sabe desenvolver histórias viciantes. Aí que me caiu a ficha, "Monster" foi publicado pela Conrad no Brasil e em seguida cancelado...

Outro título cancelado que me deixou louco foi o Shin-chan pela Panini, claro que o material utilizado era bem vagabundo, mas eu tava gostando de ler mesmo assim.

Esta semana comecei a ler "KATSU!" de Mitsuru Adachi, um mangá que traz como tema o boxe, mas não no estilo de "Ashita no Joe" (este eu preciso conhecer ainda) e sim algo mais próximo de Slam Dunk, pois está dentro do universo juvenil e o esporte é contado a partir da visão de estudantes nos famosos clubes dos colégios japoneses.

Para quem não sabe ainda, no Japão os alunos de cada escola (ginásio e colegial) se reúnem em clubes para desenvolver alguma atividade que curtem (xadrez, mangá, beisebol, música, judô, futebol, etc.), os times de cada colégio competem entre si, a níveis municipais, provinciais, regionais, nacionais e por aí vai, tem classificatórias e tudo mais. O interessante é que num país apertado, onde inventaram até hotéis-cápsula em Tóquio, as escolas são todas grandes e bem espaçosas. Isso é uma forma de valorizar o ensino.

E voltando ao Katsu! É uma obra que vale a pena conhecer, pois é um romance (sim, meio romântico) que agrada tanto garotos (o público-alvo) como as meninas também. Tem humor leve e desenhos de traços muito simpáticos e tradicionais, claro que rola porrada pois como já disse, a temática é o boxe, tem desenhos de garotas peladinhas também, mas nada pesado. Assim como em Slam Dunk, não há nada de fantasioso nesta obra de Adachi, é tudo realista como numa novela (se é que há realidade em novelas).

Por onde eu tô lendo KATSU! ? No A.I.U.E.O Mangás, vai lá: http://www.aiueomangas.com/
E caso seja lançado em português por alguma editora brasileira, eu compro mesmo, pois ler na tela é muito cansativo!

PS: tenho que parar com essa mania de utilizar "aspas" e (parênteses) em excesso.

4 comentários:

  1. Apesar da qualidade porca da JBC (sempre em papel jornal, caro pra diabo) eu completei minha coleção do Samurai X... Hoje em dia não compro nenhum, mas compraria na boa se lançassem Shurato ,Riki-Oh e o Gun Blaze West.

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  2. Até que se for por causa do papel jornal eu não reclamo muito não, Bruno. Lá no Japão geralmente é assim até onde eu conheço. Foi bom você ter lembrado do Samurai X, eu queria mesmo é ter a coleção completa do Lobo Solitário e do Vagabond.

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  3. Mas quando um mangá faz sucesso eles relançam depois em papel melhor pro colecionador. O meu Lobo Solitário está imcompletíssimo e do Dragon Ball falta um (uma sacanagem eles lançarem aquela versão definitiva tempos depois!) do Cavaleiros do Zodíaco tá completo, só essas sagas novas que nem compro. Eu colecionava Video Girl Ai que no começo era muito bom, mas depois foi perdendo a graça. Yu Yu comprei uns numeros mas achei muito mal desenhado e vou ver se vendo esses meus, prefiro o anime mesmo.

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  4. É mesmo, você tem razão, existe a versão encadernada, os "TANKOBONS" e tal. E o desenhista Yoshihiro Togashi de Yu Yu é conhecido por ser preguiçoso mesmo.

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